segunda-feira, 20 de maio de 2019

Borboleta 88 em São Paulo

Meu caro, Boa Tarde
Essa espécie foi fotografada em Mairiporã São Paulo. Poderia me ajudar na identificação dessa espécie? Estou na dúvida de clymena ou eluina. Qual delas é mais rara de se ver? Forte Abraço
Wagner.
Wagner, esta dúvida entre as Diaethria (Nymphalidae: Biblidinae: Callicorini) eu sempre tive e nunca consegui resolver, quanto mais tento entender, mais confuso fico. Entendendo que a nossas subespécies em São Paulo são D. clymena janeira (se for meridionalis, como consta em Francini et al., 2011, para a Baixada Santista, a coisa já complica) e D. eluina eluina, eu não teria dúvida de que o melhor palpite, comparando os exemplares em Butterflies Of America é o segundo, pois temos os números oito bem isolados um do outro e das linhas ao redor. Porém Butterfly Corner diz exatamente o contrário: 1, 2. Em Biodiversidade Teresópolis, um espécime semelhante diz poder ser qualquer uma das duas, e parecem ser diferenciadas pela quantidade de azul na face dorsal das asas. Esta dica parece concordar com os exemplares em BOA e discordar daqueles em BC.

Sobre qual é mais comum, de acordo com Silva et al. (2010), pelo menos em Minas Gerais, D. clymena é "mais abundante no dossel" enquanto D. eluina "merece destaque a presença de (...) Diaethria eluina, espécies consideradas raras". E os mesmos autores mostram um exemplar de D. clymena com os desenhos 8 se tocando.

Concluindo, não sei qual a espécie, e desconfio que se alguém disser saber, ele deva ser tratado sob suspeita, a menos que seja um especialista deste grupo jurando de pés juntos. Se alguém souber mais sobre elas, não deixe de usar os comentários.

ps.: Após preparar a postagem, cheguei ao comentário do Júlio César:

Júlio César: Diaethria candrena

Cesar: A mim não parece ser o caso, elas costumam ter os desenhos menos detalhados, com um oito simples como os feitos à mão, sem os pontinhos no meio, ou abertos quase como um zero.

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