terça-feira, 8 de novembro de 2016

Mamangava de Toco em Minas Gerais

Olá, César! Encontrei uma abelha (?) e não encontrei outras parecidas na internet ou aqui no site. Ela é bem grande (compare com o meu pé ao lado) e preta, não tem pelos, mas infelizmente já estava morta e eu não consegui uma foto muito boa. Foi encontrada em Guaxupé-MG, poderia identificá-la? Obrigada!
Larissa, de Minas Gerais.
Há quanto tempo, Larissa. Apesar de dizer não ter encontrado parecida, você parece ter identificado corretamente como uma fêmea de mamangava-de-toco Xylocopa sp. (Apidae: Xylocopinae: Xylocopini). Ela é particularmente muito semelhante à espécie do Velho Mundo X. violacea, e talvez um bom palpite para o Brasil seja Xylocopa (Megaxylocopa) frontalis, que de acordo com Schlindwein et al. (2003):
Deu-se grande importância ao colorido das asas; nos exemplares do Brasil as asas são escuras com reflexos violáceos fortes. Para variações no colorido e reflexos das asas foram dados alguns nomes com registro no Catálogo de HURD, 1978a. Realmente as asas de colorido pálido com fortes reflexos esverdeados, como ocorre na Colômbia dão um visual muito diferente a espécie, e parece justificar callichlora. Veja-se a consideração de PÉREZ (1901), para a cor das asas, que permitiriam aproveitar alguns desses nomes para designar raças geográficas e mesmo confirmar-se como de valor subespecífico ou específico por levantamentos mais detalhados nas regiões em que ocorrem. ENDERLEIN (1913) registra a espécie como X. coeruleomicans, com reflexos azuis no Estado do Espírito Santo.

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