quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Bicho-do-Cesto em Santa Catarina

Olá Cesar Crash, 

Encontrei esse carinha em cima de um morro aqui em São Francisco do Sul, SC. 
As fotos foram tiradas dia 29/08/2015, por volta das 16:30. 

Ele tem cerca de 6 centímetros com esse casulo. 
Estava em cima de uma pedra, e se locomovia de forma parecida com uma larva de traça. Ele colocava seu corpo para fora desse casulo, se apoiava, e puxava o casulo, dessa forma entrando parcialmente no casulo. 

Esse casulo que o bicho carrega, e me parece usar para sua proteção, pois quando coloquei a câmera perto, ele se refugiou em sem interior, é feito com uma espécie de seda, mas tem uma estrutura de pequenos galhos de plantas, e essa seda que forma o casulo, é de cor acinzentada, mas possui brilho. 

Seu corpo, parece ser constituído de uma carapaça, como de besouro, pensei se tratar de uma lagarta, mas ele não possui a pele macia como a de uma lagarta, me lembrava mais um Tenébrio, mas ele é bem maior, como pode observar pelas formigas que estavam perto dele. 

E me parece mesmo que possui uma carapaça, tipo exoesqueleto. 

Coloquei um vídeo dele no Youtube, que demonstra como ele se locomove. 
o link do vídeo é:
Postei no meu Facebook, e em uma comunidade de fotógrafos que participo, e ninguém identificou, conhecia seu site e seu trabalho, resolvi recorrer a você para esclarecer o mistério desse lindo carinha. 

Cesar Crash, que bicho é esse? 

Aguardo sua resposta,

Parabéns pelo trabalho, 
Abraços do amigo
Julian Cezare de São Francisco do Sul, Santa Catarina.
Julian, você erra quando deixa de acreditar que esta seja uma lagarta e passa a comparar com larva de besouro, mas acerta quando a compara às traças (de parede e de roupas) pois são famílias próximas e compartilham aqui o mesmo marcador. Este é um bicho-do-cesto, larva de mariposa da família Psychidae, sendo nossa espécie mais conhecida Oiketicus kirbyi (Oiketicinae), que são lagartas extremamente polífagas, sendo mais conhecidas na cultura do eucalipto.

Você descreve bem também como o abrigo é construído. Fêmeas de muitos psiquídeos não desenvolvem asas, ou as têm atrofiadas e podem nunca deixar o abrigo.

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