quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Aranha Falconina no Rio de Janeiro (+ Etnoentomologia)

Cá estou de novo, César.
Eu já havia capturado um exemplar dessa espécie há um tempo atrás, mas na época não conhecia este espaço. Esta aranha estava perambulando pelo meu banheiro e, se não estou enganado, ela tinha companhia, que logo se escondeu. As melhores fotos que consegui tirar foram estas.
Acho que tenho que montar um catálogo mesmo.
A propósito, nunca lhe parabenizei por este blog e sua dedicação a ele. Você faz aqui um importante trabalho, porque com as informações que aqui se adquire, não apenas a curisiodade é saciada, mas também se aprende a respeitar a vida, independente da forma, da espécie. Os artrópodes costumam ser adjetivados como nojentos, desprezíveis, sinônimos de insignificância e inferiodade. Aqui se percebe o quão engenhosa a vida pode ser, até mesmo nesses pequenos seres, e que desprezível mesmo é o desrespeito do ser humano a ela.
Alef de Magé, Rio de Janeiro.

Não sei há quanto tempo tirou as imagens mas, coincidentemente, foi sábado passado que publiquei nossa primeira Falconina gracilis (Corinnidae), esta também parece ser um macho.

Obrigado, Alef. Sua observação pode ser conferida em estudos etnoentomológicos. Não só os insetos são considerados seres desprezíveis ou perigosos, como o contrário, todo ser que se considera desprezível e perigoso são popularmente classificados como insetos, incluindo serpentes, onça e até pessoas. A quem interessar este tipo de pesquisa, recomendo a leitura: 1, 2, 3, 4 e 5. Estes estudos são normalmente feitos em comunidades consideradas "afastadas". Aqui, é possível observar que a mesma percepção está presente em moradores de grandes cidades.

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