sábado, 2 de fevereiro de 2013

Marimbondos em Ilhabela

Moro em Ilhabela há 18 anos , sempre nesta época estas vespas fazem ninhos aqui em casa , mas este ano está demais , tem ninhos em varios locais extrenos da casa , bem como nas arvores , são muitos , uns maiores outros menores .Como aparece em uma das fotos , estão fazendo ninho encima do ninho de marimbondo .
Tenho observado que varios outros como a mamangaba aumentaram muito em numero . Será que tem alguma explicação ?
Sei que se não mexer com eles nada fazem , mas qdo vou cuidar das plantas tenho que ficar atento para não ser mal entendido por eles . Agradeço se puder me indicar onde posso conseguir informações sobre esta vespa . Obrigado.
Rudi Louro de Ilhabela, São Paulo.
     Rudi, estes são marimbondos do gênero Polistes (Vespidae, Polistinae). Eles não são tão agressivos como os da subfamília Vespinae, mas são consideradas vespas de importância médica, pois sua picada, além de dolorosa pode desencadear uma reação alérgica. Eu não entendi a questão do ninho de vespas sobre o de marimbondos. Marimbondo é um nome comum que varia em abrangência de acordo com a região. É normal que eles surjam na primavera/verão e depois desapareçam. Eles possuem um hormônio responsável pela atração entre os indivíduos e é comum que, no ano seguinte, tornem a fazer ninhos no mesmo local, mesmo com a destruição do original.
     Estou contactando Bolosphex para informações sobre espécie e aumento populacional.

Bolívar: A espécie das fotos é Polistes versicolor, uma espécie amplamente distribuida na América do Sul. Neste caso são exemplares bastante escuros (ou seja, faltam a maioria das marcas amarelas do abdómem).
     A primeira foto é um ninho bem desenvolvido, típico por ter pecíolo completamente excéntrico, práticamente no extremo superior do favo, sendo o favo de formato mais ou menos lanceolado (de fato acho que a maioria das espécies próximas a versicolor tem este tipo de ninho).
     A segunda foto é simpática. As Polistes fizeram seu ninho sem importar que o substrato para o pecíolo fosse um ninho de outra vespa, neste caso uma vespa solitária (Vespidae: Eumeninae), uma coisa que eu nunca tinha visto antes, mais suponho que simplesmente as Polistes nem ligam, tal vez elas interpretam o ninho de barro como sendo simplesmente parte do substrato geral. Pelo formato e tamanho do ninho quase posso asegurar que poderia ser de Zeta argillaceum, que é um dos Eumeninae mais comuns e amplamente distribuídos de todas as Américas.
     Por outra parte, não tenho uma explicação para as flutuações populacionais, quem sabe, o ano passado foi, de forma fora do comum, bastante quente o ano inteiro, até em Curitiba onde eu estou morando, e temperaturas mais altas poderiam ter permitido um aumento nas populações em virtude de um tempo de reprodução mais longo. Mas é só uma idéia que eu tenho.

Cesar: Muito obrigado mais uma vez, Bolivar!
     Rudi, o aumento de uma espécie predadora infuenciará a redução das espécies presas, o que por sua vez causará a redução da primeira. Vejo que nós trocamos qual espécie chamamos de vespa e qual chamamos de marimbondos, nenhum de nós estamos errados, apesar da preferência de cada região, ambos são sinônimos. Para informações avançadas sobre esta espécie, selecionei estes artigos:

Um comentário:

  1. A espécie das fotos é Polistes versicolor, uma espécie amplamente distribuida na América do Sul. Neste caso são exemplares bastante escuros (ou seja, faltam a maioria das marcas amarelas do abdómem).
    A primeira foto é um ninho bem desenvolvido, típico por ter pecíolo completamente excéntrico, práticamente no extremo superior do favo, sendo o favo de formato mais ou menos lanceolado (de fato acho que a maioria das espécies próximas a versicolor tem este tipo de ninho).
    A segunda foto é simpática. As Polistes fizeram seu ninho sem importar que o substrato para o pecíolo fosse um ninho de outra vespa, neste caso uma vespa solitária (Vespidae: Eumeninae), uma coisa que eu nunca tinha visto antes, mais suponho que simplesmente as Polistes nem ligam, tal vez elas interpretam o ninho de barro como sendo simplesmente parte do substrato geral. Pelo formato e tamanho do ninho quase posso asegurar que poderia ser de Zeta argillaceum,, que é um dos Eumeninae mais comuns e amplamente distribuídos de todas as Américas.
    Por outra parte, não tenho uma explicação para as flutuações populacionais, quem sabe, o ano passado foi, de forma fora do comum, bastante quente o ano inteiro, até em Curitiba onde eu estou morando, e temperaturas mais altas poderiam ter permitido um aumento nas populações em virtude de um tempo de reprodução mais longo. Mais é só ima idéia que eu tenho.

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